segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Deixa-te ficar.



É só, assim que me deixas
Entre aqueles pontos...sempre
Depois da vírgula, numa pausa.
Essa que por dentro me faz gelar.

Apresenta-se então esse Inverno.
Pois, assim de dentro, faço o meu dia
Numa nova folha nua...impaciente
Pressa sôfrega, volta a escrever-te.

Descreve-te em tons de sede
Escreve-te consoante o mar
Descreve-te vogal de uma vaga
Escreve-te sempre sem te encontrar.

Aqui, padeço de saudade
Numa janela sentado a sonhar.
Assim pareço, tristeza invade,
Prendo-te por dentro...deixa-te ficar!