sábado, 19 de outubro de 2013

Sorte...exactamente essa!


Não temos que ter sorte em tudo nesta vida.

Se pudesse escolher, escolheria a opção que me proporcionasse o sorriso.
Esse mesmo que é um Síndrome de Longevidade e em que me faz encarar as outras vertentes mais difíceis de uma forma mais expansiva e alegre.

Por outro lado, torna-se difícil colocar-nos a jeito da sorte, sobretudo para um desastrado inato.
A selecção natural dá-me para ser um criativo desregulado mas um audaz na minha busca incansável.
Penso que sou perdoado pela minha humildade quando posso afirmar que tive sorte...e foi fácil encontrá-la, esteve sempre ali, bem perto...só vê quem quer e daltonismos aparte, eu vi e com uma natural nitidez e uns timbres de cor raríssimos.

Agora resta-me compensar o grau de facilidade com que demorei a encontrei com a dificuldade em preservá-la...aí transcendo-me, é a minha oportunidade e faço com "gosto" citando o poeta ("quem corre por gosto não cansa"...nem estou a soar e já percorri milhares de quilómetros de sonhos).
Falo da pessoa que eu amo com esta facilidade porque ela é tão fácil de amar.
Lucky me.




quinta-feira, 21 de março de 2013

Essa lágrima



Oiço o meu eco neste silêncio
Entoando a dor, as memórias...
Desse tempo que já não volta.
Desvaneço...recordando...só.


Ainda não cheguei ou bati no fundo
Não consigo medir, estimar o seu limite
Nem tão pouco prever o seu impacto
Sinto-me nú e é assim que o tempo me leva...


Julgo não saber quem realmente sou
Vou-me perdendo por...e em momentos.
Impotente...sem nada, morro por dentro
Neste núcleo de interior granítico.


Lágrimas que por nada sentem
Perfazem o rio que nada resolve
Que não me leva onde quero estar
Eu sei onde e como foi que perdi o meu lugar.



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Deixa-te ficar.



É só, assim que me deixas
Entre aqueles pontos...sempre
Depois da vírgula, numa pausa.
Essa que por dentro me faz gelar.

Apresenta-se então esse Inverno.
Pois, assim de dentro, faço o meu dia
Numa nova folha nua...impaciente
Pressa sôfrega, volta a escrever-te.

Descreve-te em tons de sede
Escreve-te consoante o mar
Descreve-te vogal de uma vaga
Escreve-te sempre sem te encontrar.

Aqui, padeço de saudade
Numa janela sentado a sonhar.
Assim pareço, tristeza invade,
Prendo-te por dentro...deixa-te ficar!