Eu nasço, estabilizo e cresço.
Eu brinco, socializo e aprendo.
Eu observo o mundo, critico e torno-me útil.
É este o ciclo inicial de um conjunto de etapas e processos a que curiosamente chamamos vida.
Cometo o sarcasmo por considerar que o ser humano como individuo aperfeiçoador do erro, tem etapas pouco dinâmicas fruto do comodismo social em que se insere.
Nas várias fases da nossa existência, colhemos o que semeamos e a qualidade das sementes poderá ser tão boa quanto a nossa predisposição para exponenciarmos o seu crescimento.
Numa sociedade, o conjunto de micro-grupos coexistente é tão importante como o índividuo.
Cada individuo tem algo para oferecer para a sociedade de modo a desenvolver e transformar um micro-grupo num grupo dinâmico utilitário.
Cabe-nos a nós como indivíduos esta tarefa, persuadir e fomentar o conceito utilitário como um grupo.
A competitividade intersocial é o acto maior de geração de riqueza individual dentro de uma sociedade.
Necessitamos de nos sentir competitivos para gerar algo produtivo colaborando e harmonizando os nossos ideais e valores e aumentando os índices de realização pessoal que influi directamente na motivação.
Um pequeno exemplo...se uma orquestra precisa de violinistas, ou já possuo a habilidade de tocar violino e aperfeiçoo a mesma ou aprendo a tocar violino e torno-me versátil...preciso é de me empenhar e ficar com essa vaga. Ou possuímos talento ou somos geradores de trabalho.
Precisamos de nos descolar do estigma em que temos que ficar agarrados à nossa formação, valores inertes ou a bloqueios sócio-culturais. Somos seres humanos completos, dotados de capacidades para realizar todas as tarefas com o mais alto grau de perfeição.
O problema de fundo associado é a vontade e a capacidade de gerar empenho seja limitante e limitada.
Um outro exemplo muito recorrente nos dias de hoje é o actual mercado de trabalho.
No determinado mercado x, desempenho a tarefa y.
Numa primeira análise, tenho de assimilar o mundo onde me insiro, mostrar que sou a melhor pessoa para esta tarefa e estar ciente, mantendo sempre níveis altos de rendimento porque no caso de falhar estará sempre um largo número de pessoas "ansiosas" por me ver cair, numa perspectiva oportunista.
Quanto mais profissional for, quanto maior riqueza produzir, quanto mais útil me apresentar, maior margem de progressão vou possuir.
Em suma:
"Não sei fazer" - Aprendo.
"Ninguém sabe fazer" - Encontro forma de o fazer, aprendo e valorizo-me.
"Precisam de alguém que faça" - Assumo a tarefa e transcendo-me.
Que a vontade de progresso prevaleça em relação a todos os outros factores.
Se a tivermos e agirmos, aí sim tornamo-nos úteis.
Somos um produto da nossa sociedade e como qualquer produto tem de gerar riqueza.
É este o meu prisma utilitário.
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