quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Levem-nos os sentidos!






Qual afinal a probabilidade do acaso?

Qual então a probabilidade de uma coincidência?

O acaso é um acontecimento possível estatisticamente mas muito pouco provável, realisticamente falando já que será dotado de um efeito demasiado aleatório.

Uma coincidência poderá advir de 3 considerações, 2 das quais plausíveis.

Primeiro, uma concretização de um acontecimento de probabilidade reduzida.
Segundo, uma conjugação de acontecimentos pouco previsíveis ou dois acasos.
Terceiro e último, um fenómeno metafísico que será o caminho fácil, a resposta vã e com um enorme carga subjectiva.

Todo o campo das probabilidades necessita de uma amostra e a nossa cognição assume a nossa "realidade" como tal.
É aí precisamente que erramos.
O que nos leva a pensar que conseguimos contemplar toda a nossa realidade formulando uma amostra com 100% de casos possíveis.
Somos realmente humildes...
Hipócritas e possessivos ao ponto de assumir uma realidade como nossa.
A realidade que supostamente conhecemos tem uma tamanha quantidade de erros empíricos que seria de uma transcendência surreal sequer pensar que conseguimos calcular as probabilidades associadas a acontecimentos.
As ciências nem sempre conseguem ser exactas e nem sempre o que acontece poderá ser científico.
A falha peca na análise porque não conseguimos incluir a sua dimensão.
O acaso será então um acontecimento inesperado, no fundo todos os fenómenos são frutos do acasos nesta vida...aos que damos valor, porque cruzam com os nossos interesses, chamamos-lhe coincidência porque é facilmente contemplada na nossa base de dados e na amostra de prioridades emocionais.
Coincidência será um acaso com alma!

O que nos surpreende afinal?
Nada nem ninguém...no fim de contas não passamos de egocêntricos passivos que não sabemos analisar variáveis.
Apenas sabemos viver.

O que nos guia afinal?
Nós próprios, pois então.

Ao menos...levem-nos os sentidos!

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