domingo, 3 de julho de 2011

27-12-2006





Como uma rotina, chegando a época Natalícia uma parte da população evade-se das grandes metrópoles regressando à sua Terra Natal, às suas raízes...como cidadão comum não sou excepção.
O frio, a calma, a falta de convívio com as pessoas que nos dizem mais no quotidiano reavivam os sentimentos e por sua vez a escrita...a lareira serve de consolo para a saudade.
Foi assim que cheguei a estas palavras.


Hoje, só hoje aceito.
Hoje, só hoje escrevo.
Tomo nota da tua ausência.

Naquela folha branca, nua, indiferente...
As doces palavras brilham, brotam, cantam...
Nem a noite apaga, nem o timbre desce.
Nem o amor acaba, nem o inverno aquece.

Na escrita, agrego o silêncio.
O silêncio, chama a razão.
Na razão consumo a falta.
A falta fere o coração.

Amanhã, só amanhã há poesia.
Amanhã, só amanhã eu queria.
Enquanto o lápis dormia, o sonho moldava...

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