sábado, 9 de julho de 2011
SENTIMENTOS PERMEÁVEIS
A volatilidade, a permeabilidade e a incoerência dos sentimentos são os fenómenos cognitivos que mais me despertam curiosidade. Não só num sentido literal da palavra mas também no funcional.
Como que uma corrente de convecção se tratasse, sabemos que mais cedo ou mais tarde eles vêm ao de cima, os bons e os maus. Apesar de querermos sempre os bons, os que nos realizam e nunca esquecemos.
As palavras podem ser descontextualizadas, o olhar, a reacção espontânea que cada acção desencadeia não conseguem mentir, nós podemos sempre tentar mas somos seres sensoriais acima de tudo.
É aí que baseamos uma relação e que conseguimos diferencia-la.
Quem nos quer bem, importa-se e guarda o conforto das nossas palavras.
A quem somos indiferentes, apesar de quererem que fiquemos bem...deixam cair os sentimentos e vivências utilizando as palavras em vez dos gestos, das acções, da expressão dramática, que muito temos deixado perder nos dias de hoje.
O dom da palavra qualquer um tem, como arma nem todos a sabem manejar, como abrigo os que gostam de nós usam...com o "timing" certo só os amigos...nem a família por vezes tem o "stream" afinado.
A pensar nesse carrossel de sentimentos que estamos sujeitos...cheguei a estas palavras.
Exactamente, finge.
Embora saiba quem tu és.
Nunca pensei que sempre o fosses.
Realmente, admito.
Inesperada essa perfeição.
Esse teu papel, esquisso.
Rasgado ou com traços e vincos.
Noutro tempo foi uma agenda.
Ocupada com mentiras.
Inventa outra história,
Que essa tinta já não adere.
Recicla a estratégia,
Essa mesma, a que fere.
Dá-me aquela razão
Há muito prometida
Essa que não esperou,
Saiu, fugaz, esquecida.
São sentimentos permeáveis
Correspondem aos teus sintomas.
Só precisas de te prender a um,
Só um, o meu.
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