Eu assumo que existem duas etapas no ano em que a nossa nostalgia está no nível máximo, a Primavera e o Outono.
A Primavera porque é o renascer, passo a redundância, outra vez...é o reconstruir da Natureza, o Sol a voltar a irradiar-nos com aquele calor saboroso e suportável.
O Outono, bem o Outono é um assunto mais complicado, é precisamente a altura onde elaboramos uma retrospectiva do ano, um pré-final de ano, um reforçar do saudosismo das coisas boas que o ano nos deu e nos trouxe, um solene adeus ao Sol, a altura em que nos fechamos e reflectimos se voltaríamos a fazer tudo o que fizemos, o tempo dos arrependimentos, das incertezas quanto ao futuro...mas também, o regresso da Chuva, não numa conotação negativa...o regresso da "boa" chuva, da que gostamos de sentir a percorrer o nosso rosto, aquela que nos lava a cara, mas também o sentimento.
Foi assim que surgiram estas palavras...que mais tarde adaptei para uma música.
Podes sentir-me como eu sou,
Mas nunca peças para eu também mudar.
Felicidade dói ao tocar com mãos de quem não te esqueceu.
És como Chuva de Outono...
leve, quente, vai e vem quando quiser.
Uma liberdade que quer prender!
Onde te posso encontrar?
--
Não dá!
Não dá mais para te ter,
Nesta Chuva de Outono,
Cedo tu vais entender.
Não há!
Não há espaço para sorrir,
Nesta Chuva de Outono,
Não te quero ver partir!
--
Podes descobrir quem eu sou
O sentimento é forte e não sai.
Quero sentir-te de novo.
Esse teu vento de novo.
Gota a gota vou renascer,
Sou como Chuva de Outono.
A cada folha que cai,
Outra está para nascer.
2010-11
musica: https://rapidshare.com/files/1290890615/Chuva_de_Outono_-.wma

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