Um estranho brilho no olhar.
Foi assim que começou, com um estranho brilho no olhar de um homem que transparecia uma falsa felicidade. Aqueles enganos que por vezes a vida nos coloca ou que nós como seres sociais nos colocamos a "jeito" para que isso aconteça.
A imagem com que fiquei daquele homem foi o suficientemente reveladora da sua vida, pequena e insignificante, engolida pela metrópole...enganada pelos sonhos cinzentos de uma cidade que vive demais da sua luz para perceber quem se encontra na sua sombra.
E foi também assim, que cheguei a estas palavras...
Por mais dez voltas que dê,
Não consigo libertar!
Ela devolve para dentro
O que nunca mais quis sair.
Sentimento viscoso,
Aquele que eu não queria.
O hábito não faz o monge,
Ele, fomenta a sangria.
--
Sem rumo, sem ceia...
Trigo ou a veia?
A minha Heroína,
Que me domina, que me bloqueia...
Sem rumo, sem ceia...
A mesma epopeia.
A minha heroína,
Que me fascina, que me anseia.
--
Verdade transparente,
Sua acidez é que mata.
Quero tanta libido!
O vicio faz-me falta.
Versos que já não rimam,
Nunca o foram outrora.
Nem literatura prozaica,
Consegue ler-me agora.
2011-02
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